Tudo começou em meados de 2008, quando recebi uma ligação de uns amigos de BH que estavam em Sampa, perguntando se eu queria aprender a fazer os tais alfajores veganos. Eles tem por lá o Barata Vegana, e como eu estava numa tarde de bobeira resolvi passar a tarde cozinhando com eles.
Na época eu estava procurando uma fonte maior de renda e pareceu bastante possível dedicar um dia da minha semana para produzir e vender os alfajores e funcionou: eu produzia normalmente sozinha na casa de minha mãe e vendia no bom e velho nômade, sendo meus pontos favoritos as músicas livres às terças-feiras no vão livre do MASP e as festas na Casa da Lagartixa Preta.
Os alfajores começaram a ganhar fama e foi aí que surgiu a lenda - "das duas uma: ou você não gosta, ou você vicia - e não conhecemos quem não gostou."
Segui com minhas vendas e trocas dessa forma por alguns meses e estava dando tão certo que dois companheiros que moravam comigo sugeriram montar um esquema de cooperativa: usamos o caixa para comprar o material pra produção, com as vendas cobrimos os gastos e repartimos o lucro entre quem ajudou na produção da leva.
A princípio continuamos com as vendas nômade, mas logo um outro companheiro sugeriu contato com alguns restaurantes que conhecia e passamos a fazer entregas semanais, além das vendas nômade e também vendas nos espaços que frequentamos, revertendo sempre uma parte ao local.
Neste período alguns amigos ajudaram nas produções enquanto estavam por Sampa, alguns entraram, outros saíram da cooperativa, mas nos mantemos nesse esquema há quase um ano agora.
Tivemos problemas sobre onde produzir, chegamos a tentar as casas de nossas mães e amigos, usamos cozinhas públicas e ultimamente estávamos fazendo na sede do AABC todas as segundas feiras.
Agora a cooperativa está de mudança para o litoral, o que facilitará essa questão pois teremos finalmente! nossa própria cozinha!
Nossas produções ainda serão encontradas em Sampa, não desanimem!
Em meados de 2009 aprendemos a receita do harebo - muita gente ainda confunde com os krishnas e como esse não é o nosso caso, resolvemos mudar o nome do doce para amendobobo. Foi então que resolvemos ampliar nossas produções para outras delícias e desde então temos feito também pães, salgados para festas (coxinha, esfiha, bolinho de catupirata, pasteizinhos e afins), gelinhos e diversos doces, sempre sem ingredientes de origem animal.
Nem todos somos vegans, nem vegetarianos, mas a proposta continua sendo a de reavaliar o que se conhece por "sabor" e experimentar sempre!
Nesse mesmo blog vocês encontrarão todas as nossas receitas e também nossas sagas de tentativas, erros e acertos na cozinha.
Esperem sempre novidades!
Atualmente a hângü é: eu (tatá), klaus, vina e moishe e contamos quase sempre com a pretensa ajuda da pequena ktOta - que na verdade só quer lamber as tigelas...